O projeto está dividido nos seguintes grupos de trabalho (GT):
- GT1: Coordenação
- GT 2: Comunicação
- GT 3: Capitalização
- GT 4: Avaliação Integrada do Ecossistema
- GT 5: Cadeia de valor: dos produtores ao consumidor
- GT 6: Oportunidades de Mercado
- GT 7: Síntese
GT1: Coordenação
O GT1 é liderado pelo Parceiro Líder (PL) NUIG que tem como responsabilidade garantir que todas as ações são alcançadas, incluindo a gestão financeira e os relatórios. Um coordenador será contratado a tempo parcial pela NUIG com função de realizar a gestão do projeto, particularmente relacionada com questões técnicas dos parceiros sobre relatórios financeiros e procuração pública. A comunicação entre parceiros será estabelecida via email ou Skype, enquanto que a comunicação com o Secretariado Conjunto será realizada através de email e formulários de relatório disponíveis online. Os parceiros académicos de cada país estarão em contacto com parceiros da indústria de forma a dar assistência relativamente ao preenchimento de relatórios técnicos e financeiros (ex. NUIG-SWWFPO, UAVR-Fuseta FPO, ARVI-Atlantic Gate). Serão utilizados 3 veículos para monitorizar o progresso do projeto e o alcance dos resultados, nomeadamente: relatórios semestrais do projeto, reuniões de projeto e revisão intermediária (cada 3 meses) por um Comité de Gestão (CG). O PL solicitará que cada parceiro se envolva nas obrigatoriedades relativamente aos relatórios, pelo menos 2 meses antes do prazo de entrega. Durante a revisão intermediária, o CG fará um inventário dos resultados do projeto (via Skype) para avaliar a sua conclusão atempada. Adicionalmente, O CG reunir-se-á antes das reuniões do projeto, e quando necessário ad-hoc, para avaliar formalmente o progresso do projeto. A gestão do projeto não está prevista ser externalizada. A atividade do projeto não é relevante para apoio estatal. A indisponibilidade de dados será avaliada por especialistas. A garantia de qualidade de dados/procedimentos é incorporada no plano de trabalho. Atrasos no alcance de resultados, conflitos de interesse e outros problemas, serão resolvidos pelo CG (Anne Marie Power (NUIG); Cristina Pita (U Aveiro), Oscar Fernandez (ARVI), Jean-Paul Robin (U Caen), Isidora Katara (SFP), Catherine Longo (MSC)). O risco de insolvência de um parceiro é baixo, uma vez que o projeto engloba organizações de produtores, em vez de produtores individuais.
GT2: Comunicação
A ARVI irá liderar o GT de comunicação, coordenando os comunicados de imprensa e a divulgação do projeto nos países da Área Atlântica. A Quadralia irá criar plataformas de comunicação dedicadas, incluindo site e redes sociais, alimentadas por conteúdos fornecidos nas 4 línguas oficiais da zona de estudo maximizando assim o público alcançado. Informação de interesse de produtores, chefs, vendedores, reguladores e do público em geral será fornecida por todos os parceiros. Trimestralmente serão lançadas newsfeeds dedicadas a vários públicos alvo, nomeadamente imprensa especializada para a indústria, receitas culinárias, tendências de mercado e vídeos no YouTube partilhados através do Twitter e Facebook. Os principais resultados alcançados pelo projeto serão divulgados através dos meios de comunicação estabelecidos no contexto do projeto. O projeto irá estar presente em eventos gastronómicos de grande dimensão a nível Europeu para atrair chefs e o público em geral, nomeadamente o Vigo Sea Fest (Espanha, 2018), European Region of Gastronomy (Irelanda, 2018), e a Semana do Polvo da Quarteira no Algarve que envolve vários restaurantes. Eventos direcionados para a indústria, onde são apresentadas novas oportunidades de mercado a produtores, serão também visitados: “France Filière Pêche” em França e Conxemar (pescado congelado) na Galiza. Todas as participações incluirão ações de divulgação do projeto com a chancela ‘Cephs and Chefs’ e do INTERREG Atlantic Area. O risco de que os diferentes parceiros não forneçam informação para disseminação para ARVI/Quadralia é baixo, considerando que a disseminação é um Indicador de Performance Chave nas suas instituições.
GT 3: Capitalização
Liderada pelo IPMA, a capitalização dos resultados do projeto será assegurada através de: i) criação de ferramenta online (Quadralia) que estará disponível para além do final do projeto e funcionará como um catálogo para que os atores envolvidos na cadeia de valor possam aceder e publicitar os produtos de cefalópodes; ii) criação de ferramentas de formação relacionadas com artes culinárias para chefs do GMIT, tais como uma biblioteca de vídeos do YouTube relacionados com cefalópodes, receitas de weblogs e outros recursos gastronómicos (incluindo segurança alimentar), para incorporação no programa e partilha com escolas de Catering do norte da Europa; iii) publicidade das histórias de sucesso dos casos de estudo (ex. do GT6) em várias plataformas para inspirar novos atores na capitalização dos sucessos do projeto; iv) procura e escrita de propostas de financiamento para suportar a pesquisa relacionada com as avaliações de sustentabilidade; v) especialistas em biologia de pescas e gestão (IEO, NUIG, UCaen, UAVR, IPMA) e especialistas em sustentabilidade (MSC, SFP) trabalharão para assegurar a sustentabilidade da pesca de cefalópodes na EU, através de certificação de pescas e colaboração com autoridades incluindo o International Council for Exploration of the Sea (ICES) (GT4 e GT7); vi) produção de artigos científicos sobre dados biológicos e socioeconómicos, gestão sustentável e políticas para espécies com informação limitada, e vii) cativação do público em eventos e produção de um livro de receitas (GT7). O risco de que outros GT não cumpram as metas estabelecidas (GT4,6,7), comprometendo assim o GT3, será abordado durante as avaliações de progresso realizadas pelo CG.
GT 4: Avaliação Integrada do Ecossistema
A avaliação integrada do ecossistema (AIE) será liderada pela Université de Caen, em colaboração com o IPMA, o IEO, Universidade de Aveiro e a NUIG. A integração de indicadores e ferramentas analíticas permitirá avaliar a sustentabilidade biológica, ambiental, social e económica da pesca de cefalópodes comercialmente muito importantes dentro da Área Atlântica. Biólogos irão examinar as espécies capturadas e quantificar o estado e tendências da distribuição, habitats fundamentais, abundância, recrutamento, mortalidade resultante da pesca, bem como, a caracterização de artes de pesca pouco estudadas. Especialistas em sustentabilidade irão caracterizar o sector das pescas em termos de impacto ambiental (volume da pesca acessória, impacto direto das artes de pesca no ecossistema) e avaliar os serviços de ecossistemas associados ao sector (ex. alimentação e benefícios sociais e económicos). Dados oficiais serão recolhidos a nível nacional sobre programas e campanhas de investigação para determinação de stocks de pesca assim como vários indicadores sobre o estado ambiental de acordo com a Diretiva-Quadro da Estratégia Marinha ou para a certificação do Marine Stewardship Council (MSC). O AIE será construído a partir de avaliações anteriores dos stocks pesqueiros, considerando as características específicas de lulas, polvos e chocos. A análise e recolha de informação será levada a cabo por pescadores, organizações, investigadores e órgãos consultivos e de gestão (International Council for the Exploration of the Sea – ICES, MSC). O risco de indisponibilidade de dados será analisado usando indicadores e avaliação por especialistas.
GT5: Cadeia de valor: dos produtores ao consumidor
A cadeia de valor dos cefalópodes é, na sua maioria, desconhecida. O objetivo deste GT consiste em caracterizar a cadeia de valor das pescarias de cefalópodes na Europa, do mar ao prato, identificando atores-chave tais como pescadores, transformadores, retalhistas, supermercados e restaurantes.
Liderado pela USC e apoiado pela UAVR, produtores e biólogos, este GT realizará uma pesquisa de mercado para melhorar o conhecimento sobre as variáveis institucionais, socioeconómicas e de mercado que impulsionam a rentabilidade e sustentabilidade destas pescarias. Economistas e biólogos analisarão de que forma as ferramentas de gestão da pesca, os preços baixos, a procura por rotulagem de sustentabilidade, a atividade de pesca ilegal, não declarada e não regulamentada (INN), as capturas acessórias, rejeições e importações afetam a sustentabilidade dos cefalópodes. Como exemplo, cefalópodes potencialmente comercializáveis estão a ser rejeitados no norte da Europa. De igual modo, quando os cefalópodes são capturados pela arte do arrasto, as capturas acessórias de outras espécies com quotas poderão inibir a captura de cefalópodes, causando um entrave económico para o desenvolvimento desta pesca.
Economistas, juntamente com especialistas em sustentabilidade e comércio utilizarão os resultados de um inquérito ao consumidor para entender as atitudes do consumidor relativamente ao consumo de cefalópodes, incluindo o interesse em produtos de certificação sustentável. O risco de que dados necessários para o sucesso deste GT estejam indisponíveis é baixo, devido à estreita relação com produtores e restaurantes; colaborações atempadas serão realizadas com transformadores e outros atores.
GT6: Oportunidades de mercado
Este GT fará uso de uma rede de instituições e comércio para desenvolver novos produtos à base de cefalópodes e expandir os mercados já existentes. As ações incluirão: i) criação de novos produtos e diversificação de produtos existentes, assegurando a preferência dos consumidores ou as condições de mercado nas diferentes regiões (dados recolhidos no GT5.3); ii) expansão para novos mercados, dentro e fora da Europa; iii) novas iniciativas de mercado para a venda de produtos de cefalópodes; e iv) ações de marketing apoiadas por chefs que desejem usar pratos não tradicionais nos países do Norte da Europa.
Este GT será liderado pela Universidade de Aveiro a quem caberá a responsabilidade de assegurar o cumprimento de todas as ações e a sua comunicação ao GT1. O IPMA estará envolvido no desenvolvimento de novos produtos enquanto que a Université de Caen avaliará o controlo de segurança alimentar (GT6.1). Já a ARVI, Quadralia e SFP estarão fortemente envolvidos na comercialização e expansão para novos mercados (GT6.2). O mesmo grupo, juntamente com o MSC estarão envolvidos no desenvolvimento de iniciativas para os novos mercados (GT6.3). Organizações de pescadores de Portugal, Espanha, Irlanda e Reino Unido participarão no GT6.2 e 6.3, enquanto que a Universidade de Aveiro e de Santiago de Compostela (Espanha) irão avaliar os resultados das ações mencionadas anteriormente. Chefs da School of Culinary Arts GMIT (Irlanda) irão desenvolver ações dentro do GT6.4, com demonstrações em eventos realizados na Irlanda, Espanha e Portugal. O risco de que a indústria não responda a oportunidades será abordado com uma estratégia pró-activa pelos parceiros da indústria do Consórcio que estão bem conectados, representando 130 membros.
GT7. Síntese
Esta ação irá permitir a capitalização dos resultados alcançados durante o projeto nas suas diferentes vertentes. Liderada pela Universidade de Aveiro, com contribuições diretas dos lideres do GT4, 5 e 6, esta ação irá produzir informação para ser usada por atores, autoridades e consumidores. Serão produzidas igualmente recomendações: para políticas e comércio para novos mercados com vista ao seu desenvolvimento; sobre o estado dos recursos e ecossistemas; para a gestão do sector; sobre como encontrar um compromisso entre os diferentes interesses das partes envolvidas. Será desenvolvida igualmente uma estratégica de marketing e “ferramentas para a sustentabilidade” que sumarizem as melhores práticas de pesca e comércio de cefalópodes, dando resposta a questões como “que recursos pescar?”, “que quantidades e de onde?”, “como garantir um produto seguro?”, e “onde é possível crescer?”.
A fase de revisão terá inicio ainda durante o inicio do projeto, integrando a síntese dos resultados à medida que estes forem produzidos. Estes resultados serão escrutinados por todos os parceiros, incluído os parceiros da indústria e MSC, de forma a garantir que reproduzem fielmente as descobertas e estão adequados às finalidades. Os riscos associados a este GT resultam da inexistência ou atrasos nos resultados dos outros GT uma vez que assenta mais na informação existente do que na opinião dos especialistas. A implementação bem-sucedida destas ações requer adesão das partes interessadas e das autoridades através de uma contribuição pró-ativa, dos seus membros e rede de contatos.